A assessoria do Tribunal de Justiça do Acre disponibilizou na tarde desta terça-feira, 13, o laudo psicológico feito com Gleisson Andreola, principal acusado de matar com 15 facadas, a assessora parlamentar Ana Eunice, no último domingo. As declarações prestadas à psicóloga revelam um homem arrependido e disposto a recomeçar a vida.
Andreola concordou em prestar serviços à sociedade, disse em seu relatório que “depois de preso é um bem prestar serviços”. Falou também que estava arrependido dos crimes que havia cometido e que o sistema carcerário lhe ensinou mudanças. Em suas declarações, Andreola afirmou que não teria dificuldades para enfrentar o momento novo em seu regime.
Casado com Ângela da Silva, que espera seu terceiro filho, o acusado declarou na entrevista social, uma renda familiar de R$ 700,00 e disse ainda que estava freqüentando a Igreja Evangélica.
Através de documentos, o Tribunal de Justiça comprova que Andreola vinha comparecendo as apresentações mensais exigidas pela Lei de Execuções, mas não informa onde e como vinha sendo o acompanhamento às 6 horas de serviços que o acusado deveria prestar à comunidade. O exame criminológico também não foi disponibilizado pela Justiça, assim como, a Carta de Emprego apresentada pelo réu à Vara de Execuções Penais.
As últimas informações que Andreola deu ao judiciário foram no dia 05 de julho deste ano. Nelas, ele informou a mudança de endereço, coincidentemente, para o bairro Bosque, à rua Cel. Alexandrino, próximo do local onde entrou para história ao cometer a tentativa de homicídio e o homicídio contra a vida de Ana Eunice.
Estranhamente, no termo de comparecimento preenchido de forma manual e assinado por Andreola na CEPAL, não constam informações sobre o local onde Andriola trabalhava ou prestava serviços. O espaço onde deveria constar o endereço e informações complementares está em branco.
ac24horas tentou falar com a Central de Penas Alternativas (CEPAL), mas não nos foram repassadas as informações. A atendente informou que não estava autorizada a falar sobre o assunto e que a pessoa encarregada não estava no momento. Se deixar em branco as informações relacionadas à ocupação de réus em regime semi-aberto e aberto é um procedimento normal, somente a Justiça poderá responder.
Jairo Carioca, da redação ac24horas