Venda de “Racumim” no Acre já caiu 70% por não ser eficaz
A ampla propaganda gratuita do raticida Racumim, nesta semana pela imprensa local, quando um assessor financeiro da Secretaria de Saúde, ingeriu o veneno após ter sido descoberto um esquema de desvio de dinheiro, levando-o ao coma em uma das unidades da U.T.I do Pronto Socorro, surtiu efeito negativo para a venda do produto nas mercearias e supermercados da capital acreana.
A venda do produto já caiu mais de 70% e os comerciantes creditam isso, por que o produto não foi tão eficaz o quanto se imaginava. Pelo princípio ativo do Racumim, o efeito é fatal nos ratos e também é recomendado para que os humanos tenham muito cuidado no manuseio do veneno. Contudo, mesmo ingerindo o produto, numa tentativa de suicídio, Alex Barreto, já não corre mais risco de morte e encontra-se internado se recuperando bem, em uma das enfermarias do PS em Rio Branco no Acre.
Em contato com o 0800 7 713733 da Bayer, para saber mais detalhes sobre o principio ativo do Racumim, o responsável pelo Centro de Controle de Intoxicação Dr. Carlos Fernando Colares, informou que não existe registros de acidentes em pessoas com o veneno, mas garantiu que as especificações na embalagem são bem claras tanto para o manuseio e uso na administração do raticida e em casos de ingestão acidental a recomendação é procurar um hospital de imediato.
Muito técnico, Colares explica que “os efeitos hemorrágicos surgem somente após depleção dos fatores de coagulação K dependentes em média 1 a 2 dias; precocemente podem surgir em 8 a 12 horas. Brodifacum tem efeitos prolongados, mesmo após ingésta única de 1mg em adultos”, disse.
A comerciante Cleonice Farias, que tem um pequeno estabelecimento no bairro Mocinha Magalhães, afirma que vai baixar o preço do raticida Racumim para acabar logo com o estoque e garante que vai suspender a aquisição do produto com seus fornecedores. Para ela, “esse produto não é dos bons para matar rato não. Eu agora só vou comprar desse aqui o que chamam de campeão”, garante mostrando outro veneno.