Mentira!
Ponte do Juruá no Acre não é única no Brasil protegida contra abalos sísmicos
Ao contrário do que vem alerdeando o governo do estado do Acre a exemplo das sempre “grandiosas” obras como apregoam na mídia oficial estatal, na tentativa de justificar os altos custos das construções e seus empreendimentos, a obra da Ponte sobre o Rio Juruá não é a única no Brasil construída com alta tecnologia, protegida contra abalos sísmicos como foi amplamente divulgado no portal oficial do estado na tarde desta terça-feira 11.
Na verdade, a primeira ponte construída com engenharia de ponta e alta tecnologia no Brasil contra cismos e para suportar grandes vãos de distância entre uma estremidadade e outra, teve o projeto iniciado em 1855 e a inauguração da Ponte sobre o Rio Paranaíba em Minas Gerais, ocorreu em 1926, representando um marco para a arquitetura nacional brasileira.
Na época, o governador do Estado mineiro, disse que a passagem era a mais importante obra arquitetônica da década em toda a América do Sul. O projeto chama a atenção até hoje.
Ao invés de construir pilares, os engenheiros optaram por arcos fazendo com que a enorme estrutura ficasse suspensa. Este modelo de construção era inédito na época e foi o primeiro a ser construído em toda a América do Sul.
A evolução tecnológica permitiu uma rápida popularização das pontes estaiadas tambem na Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão. Depois disso, nas últimas décadas, diversas estruturas com estais foram construídas, inclusive em locais com grande incidência de abalos sísmicos e terremotos.
A maior ponte estaiada do mundo atualmente é a Ponte de Normandia, na França, com 856 m de vão e concluída em 1994, em superestrutura de aço. Mas o recorde deve ser quebrado até o final do milênio, quando a ponte Tatara, no Japão, também com superestrutura de aço e 890 m de vão, será finalizada.
Salomão Matos