A paralisação dos servidores públicos estaduais do Acre, nesta quarta-feira (05), compreendendo DEZ sindicatos, atingiu em cheio o atendimento público da população acriana e pode piorar ainda mais .
Pelo lado do Sindicato dos Médicos- SINDIMED, “todas as cirurgias foram suspensas, salvo as de emergência”, disse o representante da categoria Ressini Jarude e garantiu que amanhã (06), irão manter o mesmo padrão, até que o governo atenda as suas propostas.
Já o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, trabalharam com apenas 30% dos seus filiados, o que prejudicou agendamentos e procedimentos cirúrgicos, nas enfermarias e hospitais tanto na capital acriana quanto em parte do interior do estado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre- SINTESAC, Antonio Daniel, “enquanto o governo não ceder as propostas da categoria, [percentual linear de 20.05% integral], com reajuste concedido de uma única vez, a greve vai continuar. Daniel disse também, “hoje paralisamos 70% dos profissionais em saúde na capital acriana como manda a Lei e amanhã (06), haverá adesão de todos os profissionais do interior do estado. Vamos manter apenas os 30% da saúde funcionando no Acre”, garante.
Os mesmo, aconteceu nas áreas de odontologia e de radiologia. Os profissionais se limitaram a não agendar novas consultas/exames e a realizar procedimentos que não fossem absolutamente emergenciais, nos centros, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimentos- UPAS.
Embora a greve tenha adesão da Policia Militar. A segurança pública ainda não foi comprometida. Para os representantes das categorias da Associação dos Militares- AME e do Corpo de Bombeiros, Izaque Ximenes e Abraão Pupio, respectivamente, “ a nossa greve não atingirá a segurança da população mas por outro lado, vamos fazer uma greve branca. Não vamos tolerar absolutamente nada. Ônibus que circulam transportando passageiros sem documentação não vai poder circular. Policial que dirige com a carteira de habilitação vencida não vai mais dirigir viatura, como somos obrigados mesmo assim. Policial sem fardamento, já que o governo não compra, também não é obrigado a trabalhar. Vamos adotar o padrão que chamamos de tolerância zero”, garantiram.
Uma nova manifestação das dez categorias em greve, sera feita a partir das 8h desta quinta-feira (06), em frente o pronto Socorro de Rio Branco em um um novo protesto e garantem que o reajuste de 20% concedido pelo governo divididos em 4 vezes, não cobre as perdas salariais entre 2007/2010, e “esse percentual anunciado de 20% é um engodo. O estado não concede reajuste de salário desde 2007 e essa proposta de aumento dividido em parcelas até 2012, não considera a inflação de 2011 e nem de 2012. O ganho real proposto pelo governo chegaria ao final das parcelas de reajuste a somente 8%. A categoria dos educadores que aceitaram a proposta pressionados foram enganados. Queremos reajuste de 20.05% de uma única vez ou nada feito. A greve vai continuar”, disse Ressini Jarude do Sindicato dos Médicos.
Salomão Matos
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