9 de mai. de 2011

Doença de Chagas

Praga de Barbeiros faz Vigilância intensificar trabalho de combate ao besouro

Uma verdadeira praga do besouro Barbeiro, transmissor da doença de chagas, tem feito os agentes de Vigilância Epidemiológica da secretaria municipal de saúde intensificar os trabalhos de eliminação do inseto no bairro Mocinha Magalhães em Rio Branco no Acre.
Segundo o chefe de equipe de campo da Vigilância, João Batista, ao menos um caso confirmado da doença foi registrado na rua Côco e há registro de outros focos nos bairro Portal da Amazônia e no residencial Pedro Roseno, também na capital acreana.

-Cinco equipes da Vigilância vem percorrendo todas as casas do Mocinha, fazendo borrifação, mas por enquanto, é um trabalho preventivo. O número de insetos encontrados até o momento é muito grande mas exames confirmaram que em apenas um dos insetos foi encontrado o vetor da doença”, disse o fiscal sanitário.

Breve histórico da doença:
O que é doença de Chagas
A doença de chagas -- também conhecida como mal de Chagas, chaguismo e tripanossomíase americana -- é uma infecção causada pelo parasita Trypanosoma cruzi. A forma mais comum de contágio é através do contato com as fezes de insetos conhecidos popularmente como barbeiro, que se alimentam sugando sangue humano e de animais. A doença de chagas também pode ser transmitida das seguintes formas: mãe para bebê (congênita), transfusão de sangue e transplante de ógãos.
Locais onde a doença de Chagas ocorre
A doença de é endêmica desde o México até a América do Sul, onde estima-se que de 8 a 11 milhões de pessoas são infectadas. O barbeiro prolifera em casa de condições precárias, como paredes de barro ou teto de colmo, de modo que pessoas das áreas rurais são as que têm maiores riscos de contrair a doença de Chagas.
Sintomas e progressão da doença de Chagas
A doença de Chagas tem uma fase aguda e outra crônica. Se não for tratada a infecção pode durar a vida toda. A fase aguda da doença de Chagas ocorre logo após a infecção, pode durar de algumas semanas a meses, e parasitas podem ser encontrados na circulação sanguínea. A infecção pode ser moderada ou assintomática (sem sintomas). Pode ocorrer febre ou inchaço ao redor do local da inoculação (onde o parasita entrou na pele ou membrana mucosa). Em raras ocasiões, a infecção aguda pode resultar em inflamação severa do músculo cardíaco ou do cérebro e seu revestimento.
Seguindo a fase aguda a maioria das pessoas infectadas entram numa forma da doença prolongada e assintomática, chamada de "crônica intermediária", na qual poucos ou nenhum parasita é encontrado no sangue. Durante essa fase a maioria das pessoas não está ciente da infecção. Muitas pessoas podem permanecer assintomáticas pelo resto da vida e nunca desenvolver sintomas relacionados à doença de Chagas. Porém, estima-se que 30% das pessoas infectadas desenvolverão problemas médicos debilitantes durante o curso da vida. 
Complicações da fase crônica da doença de Chagas podem incluir:
* Anormalidades no ritmo cardíaco que podem causar morte súbita.
* Coração dilatado que não bombeia bem o sangue.
* Esôfago ou cólon dilatados, ocasionado dificuldades com alimentação e passagem das fezes.

Diagnóstico da doença de Chagas
O diagnóstico da doença de Chagas pode ser feito através da observação do parasita em exame microscópico de amostra de sangue. Porém, esse método de diagnóstico somente funciona bem durante a fase aguda da infecção. O diagnóstico da doença de chagas crônica é feita após achados clínicos do paciente, assim como sua probabilidade de ter sido infectado.
Tratamento da doença de Chagas

O tratamento para doença de chagas é recomendado para todas as pessoas diagnosticadas com infecção aguda, sistema imunológico enfraquecido ou infecção congênita. Outras pessoas com doença crônica, especialmente crianças, podem se beneficiar do tratamento. Para problemas cardíacos ou gastrointestinais decorrentes da doença de Chagas, o tratamento sintomático (no qual procura-se aliviar os sintomas) pode ajudar. Os pacientes devem consultar primeiramente um clínico geral. Alguns pacientes podem ser encaminhados a um especialista, como cardiologista, gastroenterologista ou especialista em doenças infecciosas.

Salomão Matos

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