1 de set. de 2009

QUE ESCOLA ?

Na atualidade, nos deparamos com a dura realidade de que a educação , ao contrário das utopias de Platão, nada mais passa de mero instrumentos e manter os que estão no poder, os que já dominam.
Paralelo aos moldes positivistas, a escola tem se tornado num modelo pedagógico que ao invés de investir para qualificar, transforma cidadãos em máquinas obedientes ao sistema para que não os questione sobre o certo ou o que está errado.

Na contramão do progresso e de uma educação digna para todos, nos vemos á frente de um longo túnel, cada vez mais longo e obscuro, à margem das transformações e do progresso humano, no sentido literal da palavra.

Este processo gradual e constante , métodos de aprendizagem nada convincentes, advêm da ganância, onde a vergonha de quem administra o estado e as suas diretrizes já não significam mais nada e o não fazer nada para quem está a frente dessas pseudo modificações , se tornou sinônimo de se manter no domínio e perpetuar ás suas espécie.

Se analisarmos profundamente e de como o sistema educacional hoje é cuidado, peguemos por base ; declarações feitas a 2 anos atrás da atual responsável pelo nosso departamento de ensino estadual a Sra. Maria Corrêa, durante discurso na ágora do legislativo do Acre, abordando o sucesso e os avanços da educação e de como toda essa "educação" caminha a passos de ganso" em todos os parâmetros. De lá para cá nada mudou .

De posse de dados, digo duvidosos , pelo desempenho dos nossos jovens nas escolas públicas de ensino superior, quando menos de 10% adentram pela porta da frente , sem precisar dos sistemas de cotas, raça ou cor ou que os defina como gente capaz , a secretária discorreu num discurso afinado, para uma platéia de deputados da situação, um grupo de funcionários da sua secrretaria que mais parecia uma filarmônica em coro de palmas e ainda um punhado de outros deputados de oposição que sem preparo e mau assessorados, não sabiam por fim que questionamentos fazer à secretária , no sentido de que os fatos reais da nossa vergonhosa qualidade de ensino e os parcos investimentos feitos fossem postos, no linguajar popular, em pratos limpos. Ainda sobre os holofotes da "imprensa marrom" tudo foi registrado e é que o fica valendo para o restante da sociedade.

Numa reflexão simples, podemos afirmar matematicamente que hoje, o estado se importa mais com um prisioneiro que um aluno em sala de aula. Peguemos por base o custo de um presidiário e o que sai dos cofres públicos para alimentá-lo e o que sai do mesmo cofre, as somas para custear uma educação de qualidade para os nossos estudantes.

Um prisioneiro em nosso sistema penitenciário hoje, custa aos cofres do estado mensalmente R$ 900 reais. O que equivale a soma de R$ 10.800 reais por ano. Numa escola estadual de ensino fundamental, caso da Escola Senador Adalberto Sena, localizada no Conjunto Tucumã, conta hoje com 743 alunos. Essa escola durante seu levantamento de prestação de contas, contabilizou investimentos feitos tanto governo estadual e federal em 2006 na ordem de R$ 21.000 reais para custear anualmente os seus, repito , 743 alunos.

Não é difícil deduzir; que se um preso custa aos cofres públicos R$ 10.800 reais, apenas dois desses presos, daria para suprir a soma total e as necessidades dos 743 alunos daquela escola .

Em seu último levantamento de pesquisa de 2007 , a Fundação Getúlio Vargas , aponta o estado do Acre , ao contrário dos números fictícios apresentados pela secretária de Educação Estadual Maria Corrêa aos nossos nobres deputados, é o estado que menos investe no aprendizado do aluno e de sua permanência na escola.

Por base nos números acima, adquiridos na própria escola pela diretoria e no sistema penitenciário do estado do Acre, através da sua secretaria de segurança pública e o mais recente na FGV, resta-nos refletir e fazer uma simples pergunta:

Se mais vale para o estado, deixar de investir em educação para transformar nossas crianças em futuros bons cidadãos ou em mentes vazias e na pior das hipóteses em prisioneiros?

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