Familiares do senhor José Fernandes Teixeira, mais conhecido por Brizzola, de 47 anos, que morreu ontem (16), vítima de parada cardíaca na Unidade de Pronto Atendimento UPA- Tucumã, não se conformam como ele foi atendido e pretendem entrar com uma ação no Ministério Público Estadual por omissão de socorro contra o governo do estado e a Secretaria de Saúde Estadual.
Segundo conta a irmã dele, a senhora Conceição Fernandes Nascimento, “meu irmão chegou ainda com vida aqui. Além de o médico estar no lanche que fica na frente da unidade dizendo que só iria atendê-lo depois que terminasse de comer, não havia material para entubá-lo e as drogas para reanimá-lo estavam com prazo de validade vencida”, denuncia.
Essa informação da falta de material para procedimento na UPA Tucumã, também foi confirmada por um socorrista da Unidade Avançada 01, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência- SAMU.
Pedindo para não ter o nome citado, o socorrista contou que “ eram entre 11h ou 11h30, não sei bem precisar, mas recebemos o chamado informando do quadro grave do paciente e que na UPA não havia material para entubar o paciente e nem para reanimá-lo, sendo que as drogas que dispunham estavam com prazo de validade vencida. Ainda no caminho quando estávamos chegando na UPA, fomos avisados de que o paciente já estava sem vida e não seria mais necessário a nossa ajuda”, relatou o socorrista.
“Não queremos dinheiro do estado não. O que queremos é que o estado seja condenado pela justiça e sirva de lição para que outras pessoas não venham a morrer a míngua como morreu meu irmão. Como pode o nosso governador que se diz um médico deixar faltar medicamento nas unidades de saúde e ainda manter no emprego médicos que não tem um pingo de ética”, lamentou a irmã da vítima.
Em contato com a Secretária de Saúde do Estado, Suely Melo, para dar a sua versão sobre o assunto, fomos informados que ela encontra-se em reunião e não poderia nos atender. Deixamos ainda recado na secretária eletrônica do telefone dela [9971 06**], mas não houve retorno.
Mais tarde, conseguimos falar por telefone com a gerente de comunicação da saúde, Surama Chaul. Segundo ela, a secretaria já tem conhecimento da morte do senhor José Fernandes e a instituição está tomando todas as providencias para se houve negligencia.
“Já abrimos uma sindicância interna para apurar tudo. Na verdade o que conseguimos apurar até o momento foi que o médico voltava do lanche e os familiares do paciente queriam que ele fosse atendido ali mesmo no meio a rua. Sobre a medicação, muito embora a medicação estivesse mesmo vencida ela não foi administrada no paciente. Quanto o chamado do SAMU foi porque os médicos aqui da UPA não estavam conseguindo entubar o senhor Fernandes e pediram ajuda dos socorristas”, esclareceu.
Pelo que informou Surama, os dois médicos que atenderam o senhor Fernandes foram o Dr. Charles da Silva e o Dr. Ricardo Barbosa.
“Tudo que poderia ter sido feito para salvar o paciente foi feito dentro dos procedimentos legais da medicina e isso eu poso garantir”, garantiu a assessora.
Essa não é a primeira morte de pessoas por omissão de socorro na UPA Tucumã que vem sendo investigado. No dia 1º de Maio, o senhor Antônio Rodrigues da Silva Feitosa também de 47 anos, faleceu de parada cardíaca depois que foi mandado embora da unidade para casa, [mesmo estando sendo medicado], porque o horário de expediente (22h), na UPA havia terminado.
O assunto chegou ao conhecimento da Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual. O promotor do MPE, Dr. Rodrigo Curti, classificou o caso de Antônio Rodrigues da Silva, como homicídio pelo estado e entrou com uma representação na Delegacia de Crimes Contra a Vida e na Promotoria de Saúde do MPE, pedindo reparação para a família da vítima.
Salomão Matos
Segundo conta a irmã dele, a senhora Conceição Fernandes Nascimento, “meu irmão chegou ainda com vida aqui. Além de o médico estar no lanche que fica na frente da unidade dizendo que só iria atendê-lo depois que terminasse de comer, não havia material para entubá-lo e as drogas para reanimá-lo estavam com prazo de validade vencida”, denuncia.
Essa informação da falta de material para procedimento na UPA Tucumã, também foi confirmada por um socorrista da Unidade Avançada 01, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência- SAMU.
Pedindo para não ter o nome citado, o socorrista contou que “ eram entre 11h ou 11h30, não sei bem precisar, mas recebemos o chamado informando do quadro grave do paciente e que na UPA não havia material para entubar o paciente e nem para reanimá-lo, sendo que as drogas que dispunham estavam com prazo de validade vencida. Ainda no caminho quando estávamos chegando na UPA, fomos avisados de que o paciente já estava sem vida e não seria mais necessário a nossa ajuda”, relatou o socorrista.
“Não queremos dinheiro do estado não. O que queremos é que o estado seja condenado pela justiça e sirva de lição para que outras pessoas não venham a morrer a míngua como morreu meu irmão. Como pode o nosso governador que se diz um médico deixar faltar medicamento nas unidades de saúde e ainda manter no emprego médicos que não tem um pingo de ética”, lamentou a irmã da vítima.
Em contato com a Secretária de Saúde do Estado, Suely Melo, para dar a sua versão sobre o assunto, fomos informados que ela encontra-se em reunião e não poderia nos atender. Deixamos ainda recado na secretária eletrônica do telefone dela [9971 06**], mas não houve retorno.
Mais tarde, conseguimos falar por telefone com a gerente de comunicação da saúde, Surama Chaul. Segundo ela, a secretaria já tem conhecimento da morte do senhor José Fernandes e a instituição está tomando todas as providencias para se houve negligencia.
“Já abrimos uma sindicância interna para apurar tudo. Na verdade o que conseguimos apurar até o momento foi que o médico voltava do lanche e os familiares do paciente queriam que ele fosse atendido ali mesmo no meio a rua. Sobre a medicação, muito embora a medicação estivesse mesmo vencida ela não foi administrada no paciente. Quanto o chamado do SAMU foi porque os médicos aqui da UPA não estavam conseguindo entubar o senhor Fernandes e pediram ajuda dos socorristas”, esclareceu.
Pelo que informou Surama, os dois médicos que atenderam o senhor Fernandes foram o Dr. Charles da Silva e o Dr. Ricardo Barbosa.
“Tudo que poderia ter sido feito para salvar o paciente foi feito dentro dos procedimentos legais da medicina e isso eu poso garantir”, garantiu a assessora.
Essa não é a primeira morte de pessoas por omissão de socorro na UPA Tucumã que vem sendo investigado. No dia 1º de Maio, o senhor Antônio Rodrigues da Silva Feitosa também de 47 anos, faleceu de parada cardíaca depois que foi mandado embora da unidade para casa, [mesmo estando sendo medicado], porque o horário de expediente (22h), na UPA havia terminado.
O assunto chegou ao conhecimento da Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual. O promotor do MPE, Dr. Rodrigo Curti, classificou o caso de Antônio Rodrigues da Silva, como homicídio pelo estado e entrou com uma representação na Delegacia de Crimes Contra a Vida e na Promotoria de Saúde do MPE, pedindo reparação para a família da vítima.
Salomão Matos
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