20 de abr. de 2011

OXI o veneno mortal em debate

Congresso já debate corte na PF e difusão do “OXI” pelo Acre

Oxi, a mais nova droga, bem mais letal do que o crack e que estaria se espalhando em todo o país a partir do Acre, será o tema central de um debate na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal. Um requerimento apresentada na tarde desta terça-feira pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB), membro da comissão, despertou a preocupação das bancadas que compõem o colegiado. Por unanimidade, foi aprovada a solicitação para que representantes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) compareçam ao Congresso Nacional e explicarem a estratégia de proteção das fronteiras do país.

A deputada propõe um debate público sobre as condições operacionais das instituições que têm a obrigação de fiscalizar e coibir a entrada de drogas no Brasil. O assunto ganhou o noticiário nacional após reportagem do Jornal O Globo, segundo o qual a proximidade com Bolívia e Peru (os principais produtores de cocaína do mundo) faz do Acre a principal rota internacional para a infestação do Oxi no país. “Estarreceu
num primeiro momento. Mas devemos agir com a razão neste caso. Se é verdade, as instituições devem agir, e logo. Combater o tráfico e cuidar de quem está doente é uma obrigação do Estado Brasileiro”, afirmou a deputada. As informações da imprensa nacional são avalizadas por Maurício Moscardi, delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal no Acre, para quem “o oxi chega barato ao Acre, está espalhado por Rio Branco e tem potencial para se difundir por todo o Brasil, já que não
precisa de laboratório para ser produzido, e isso facilita a sua expansão”.

Perpétua buscará mais informações sobre o noticiado corte de R$ 1,5 bilhão no orçamento da Polícia Federal para 2011, que já estaria afetando a fiscalização em regiões de fronteiras, inclusive as ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas. O fechamento dos postos de fronteira pode ser uma conseqüência real deste corte. “Quero acreditar que ninguém no nosso governo aceite tamanho prejuízo”,
disse a deputada. Diárias, passagens e a manutenção de equipamentos são relatados com causas para mais prejuízos nas fiscalizações.

O ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a medida foi necessária "para a estabilidade do país".




Escrito por Assem Neto

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