Fóssil de jacaré que viveu há 8 milhões de anos é achado no Acre
Animal foi descoberto há 12 anos, mas estava guardado em laboratório.
Fragmentos da mandíbula direita está sendo estudado por especialistas.
Fragmentos da mandíbula direita está sendo estudado por especialistas.
Segundo o doutor em paleontologia e especialista em jacarés fósseis Jonas Pereira de Souza Filho, que também é professor associado da UFAC, é comum os laboratórios deterem material de campo que não é aberto nem estudado de imediato. Uma análise mais detalhada desse animal, que tinha cerca de 2,5 metros, está sendo feita. O réptil se assemelha ao atual jacaretinga (Caiman crocodilus), que habita a região, mas a diferença é que aquele tinha um focinho mais alongado.
O nome oficial da nova espécie ainda está em discussão, mas deve homenagear a região amazônica. Os pesquisadores preparam agora um artigo científico sobre a descoberta, o que deve ser apresentado em setembro durante um encontro na Argentina sobre paleontologia de vertebrados. O passo seguinte será publicar o achado em uma revista científica.
Segundo Jonas Filho, o Acre está em uma zona de sedimentação propícia para a fossilização. Essa pequena parte da mandíbula, portanto, pode ser o indício de que outros animais, ainda inéditos para a ciência, podem ser encontrados no futuro. “Ainda há muita coisa para se descobrir e falar sobre a nossa pré-história. Essa é apenas a ponta do iceberg da paleontologia”, disse.
Em 1986, foi localizada no Acre a peça mais completa do jacaré gigante Purussaurus brasiliensis, um dos maiores predadores que já viveu na Amazônia. Além disso, o estado é uma importante fonte de informações pré-históricas: nele já foram identificados quase 300 geoglifos, desenhos no solo que podem ter sido feitos por antigas civilizações.
Fonte: G1
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