Jovem morto em seqüestro foi vitima de quadrilha organizada
Policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar, com apoio de homens do BOPE e do Pelotão Florestal, prenderam na manhã desta quarta-feira (01), cinco acusados de integrarem a quadrilha que seqüestrou e matou o estudante de direito, Alexandre Leal Ferreira, 23 de anos, morto por espancamento. Com ele estava a sua namorada Janaira Barros Ribeiro, que foi trancada no porta-malas do veiculo.No início da tarde, no quartel do 2º BPM, o major Marcos Kimpara apresentou á imprensa os acusados, que foram presos na região do ramal da Piçarreira, zona rural de Rio Branco. Saulo Kauan Oliveira Maciel, 18 anos, Gleisson Lourino de Brito, 18 anos, Fábio Júnior Barbosa Ferreira, o Zé Pretinho, 39 anos, Jocimar Moraes da Silva, 19 anos e Jairo César da Silva Leite, 21 anos, segundo a polícia, formavam a quadrilha que planejou, seqüestrou e matou o estudante.
Pelo que foi levantado parcialmente pelos policiais, cada um dos presos tinham função específica na quadrilha, que atuava principalmente na região do 2º Distrito.
Qual era função de cada um na quadrilha
Segundo o que foi repassado pelo serviço de inteligência da PM, a ação da quadrilha era planejada, e tinha como vítimas principais, pessoas que freqüentavam o estacionamento da Arena da Floresta, onde nas últimas semanas, foram registrados cinco casos de assalto e tentativa de seqüestro.
O líder
Jairo César da Silva Leite foi apontado pela polícia como o líder e mentor intelectual da quadrilha. Era ele quem planejava as ações, escolhia as vítimas e dava o sinal para os ataques. Na sede do 2º BPM ele revelou para onde eram encaminhados os carros e motos roubados pela quadrilha.
Os executores
Saulo Kauan Maciel e Gleisson Lourino de Brito eram os responsáveis pelos roubos. Atacavam as vítimas e levavam os veículos para a região do ramal da Piçarreira. Geralmente atuavam sem o uso de armas, mas eram bastante violentos, principalmente se a vítima esboçasse qualquer tipo de reação. De acordo com Marcos Kimpara foram eles quem mataram o estudante Alexandre Leal.
O mecânico
Jocimar Moraes da Silva, 19 anos, era o mecânico do grupo. Com muita agilidade desmontava em questões de horas os veículos roubados pelos comparsas. Com ele a polícia aprendeu um farto material entre chaves, parafusos, e furadeiras, usados para o desmanche.
O receptador
Dono de uma borracharia no bairro Vila Acre, Fábio Júnior Barbosa Ferreira, o Zé Pretinho, negociava as peças e pneus das motos e dos carros. A polícia informou, porém, que no caso especifico do seqüestro de Alexandre ele ainda não teria tido acesso ao produto do roubo, mas era ele quem repassava para outros compradores o que era roubado pela quadrilha.
Presos trocam acusações
Para a polícia não dúvidas, Alexandre foi morto a chutes e socos desferidos por Saulo e Gleisson. O primeiro está inclusive com o pé esquerdo bastante inchado, o que supostamente indica ter sido ele o principal executor da vítima.
Mas diante dos policiais, os dois trocaram acusações e ficaram jogando um para o outro a autoria do crime.
Gleisson Brito, o primeiro a falar, disse com riquezas de detalhes como aconteceu a ação que vitimou Alexandre.
“A gente ia passando no estacionamento e vimos o carro com os vidros abaixados. O Saulo me chamou pra gente arrochar eles e nós fomos. Depois saímos em direção ao ramal, e o cara reagiu acertando um muro no Saulo. Ele ficou furioso e pegou o cara e levou pra um local afastado do carro. Ele bateu no cara até ele desmaiar e depois arrastou ele até o carro de novo. Eu pensei que o cara tava só desmaiado, não sabia que ele tinha morrido. Foi Saulo quem matou ele sozinho”, contou Gleisson.
Contrariando o comparsa, Saulo negou a autoria do crime dizendo que a vítima foi morta por Gleisson, a chutes e socos, mas não soube explicar porque estava com o pé bastante inchado.
“Eu não bati nele. Ele me acertou um murro, mas se todo o mundo que me desse um murro eu fosse matar. Foi o Gleisson quem matou o rapaz”, falou o acusado.
A quadrilha foi encaminhada para a sede do Grupo de Anti Assalto da Polícia Civil.
Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com
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