Escândalo do desvio de R$ 7 milhões tem investigação lenta e ainda desconhecido
Está nas mãos do Conselheiro Antônio Malheiros, do Tribunal de Contas do Estado, a relatoria da auditoria realizada na Fundação Hospitalar do Acre no período 2009 e 2010. A auditória examinou a gestão de Sérgio Roberto Gomes de Souza [homem de confiança do ex-governador Binho Marques]. Foi no final de sua gestão que estourou o escândalo investigado pelo Ministério Público Federal, que aponta a formação de quadrilha envolvendo donos de clinicas de oftalmologia, agências de viagens e do ramo de óticas no Estado. Segundo a denúncia, o desvio foi de R$ 7 milhões.
Segundo apurou o repórter Salomão Matos, o negócio fraudulento envolve milhões de reais dos recursos que são destinados à saúde acreana pelo Sistema Único de Saúde - SUS. A reportagem de ac24horas teve acesso com exclusividade as informações que versam desde direcionamento de pacientes, cirurgias desnecessárias de catarata, compras de lentes cirúrgicas e até mesmo o envio de pessoas para Tratamento Fora do Domicílio - TFD, quando os procedimentos poderiam ser realizados no próprio hospital.
Acuado com as investigações, um dos possíveis envolvidos no escândalo, identificado como Alex Barreto, tentou suicídio, tomando veneno Racumim, indicado para matar ratos. Ainda na gestão de Binho Marques, o então secretário de saúde, Osvaldo Leal, admitiu o desvio de recursos apenas no TFD – Tratamento Fora de Domicilio, no valor de R$ 826 mil. Na oportunidade, Leal informou ainda que um processo administrativo foi aberto para apurar as irregularidades. Mas até hoje, o atual governo, que também é do Partido dos Trabalhadores, não se manifestou com relação ao assunto.
O então secretário Osvaldo Leal foi agraciado pelo prefeito Raimundo Angelim (PT), com o cargo de secretário municipal de saúde. Sérgio Roberto, que foi diretor da Fundação Hospitalar do Acre, não foi nomeado para exercer nenhum cargo na gestão do médico Tião Viana. O ex-governador Binho Marques foi morar em Curitiba. Segundo informações, Alex Barreto, que era funcionário público, foi demitido do cargo e está indo embora do Acre.
A expectativa é que o relatório da auditória feita pelo Tribunal de Contas do Acre esclareça maiores detalhes da operação.
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